quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A Poética do Espaço - Poesia Matemática



(...)Que fazemos de mais ao afirmar

que um ângulo é frio e uma curva é quente?

Que a curva nos acolhe e que o ângulo

muito agudo nos expulsa?

Que o ângulo é masculino e a curva é feminina?

Uma pitada de valor muda tudo.

A graça de uma curva é um convite para

habitar.Não se pode fugir dela sem esperança

de regressar.

A curva amada tem poderes de ninho, é

um apelo à posse. É um conto curvo. É uma

geometria habitada. Nela, estamos no mínimo

do refúgio, no esquema ultra-simplificado de

um devaneio do repouso. Só o sonhador que

se arredonda a comtemplar aneis conhece essas alegrias simples do repouso desenhado.(...)"


(Gaston Bachelard.)

sábado, 12 de dezembro de 2009

DESAFIO - O Burro e o Cavalo

Desafio Interessante e Fácil!!!
Um Burro e um Cavalo caminhavam juntos, carregando cada um pesados sacos.
O cavalo reclamava muito de sua pesada carga.
Disse-lhe o Burro:
- De que te queixas? Se me deres um saco, a minha carga será o dobro da tua. Mas, se eu te der um saco a minha carga será igual a tua.

PERGUNTA: Quantos sacos levam cada um?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

MATEMÁTICOS BRASILEIROS - II

-ELON LAGES LIMA-
Nasceu em 09 de julho de 1929 (Maceió) é Mestre e Doutor(PhD) pela Universidade de Chicago. É pesquisador do IMPA e já foi Presidente da SBM de 1973 a 1975. É Professor Honoris Causa da Universidade Federal do Ceará, com a qual colaborou, em 1960, na implantação dos cursos de pósgraduação em Matemática (mestrado e doutorado). É autor de mais de 80 livros sobre Matemática, seis dos quais se destinam à formação e aperfeiçoamento de professores do segundo grau. Tem contribuído não só com a pesquisa matemática, mas também com a literatura brasileira em Matemática, tendo ganhado duas vezes o Prêmio Jabuti de Ciências Exatas, da Câmara Brasileira do Livro, pelas obras Espaços Métricos (1978) e Álgebra Linear (1996).


MAURÍCIO MATOS PEIXOTO (1921)


Maurício Matos Peixoto é, antes de tudo, um pioneiro. Em uma época em que não existiam no país cursos de pós-graduação em matemática, formou-se como engenheiro aos 22 anos na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil (hoje Escola Politécnica da UFRJ).

Em 1948 recebeu o grau de doutor pela tese: Princípios Variacionais de Hamilton e da Menor Ação; e o segundo grau de doutor em Ciências (Matemática) ao defender a tese de livre-docência em Análise Matemática pela Universidade Rural do Rio de Janeiro, sob o título: Convexidade em Curvas; em 1952 foi aprovado em concurso público para a Cátedra de Mecânica Racional na ENE, defendendo a tese: Equações Gerais da Dinâmica (ED); em 1949, foi admitido na ABC; foi Presidente da SBM no período de 1975 a 1977; trabalhou para a criação do CNPq, criado em 1951; foi um dos fundadores do IMPA, em 1957 esteve na Princenton University , USA trabalhando em teoria qualitativa de ED com Solomon Lefschetz, sob influência de Lefschetz, passou a desenvolver trabalhos pioneiros em Sistemas Dinâmicos, área para a qual deu importantes contribuições; de 1961 a 1980 lecionou em diversas instituições no Brasil e no exterior, como na University of Califórnia, IME-USP e UnB; orientou 11 teses de doutorado em instituições brasileiras e estrangeiras; a tese de Ivan Kupta, um de seus primeiros orientandos, defendida em 1964, teve forte repercussão nacional e internacional, De 1954 a 1980 exerceu diversos cargos no CNPq. De 1969 a 2003 ganhou diversos prêmios e títulos, como a ordem Nacional do mérito científico na classe Grã-Cruz; em 2001, foi homenageado pelo Centro de História da Ciência da USP por ocasião de seus 80 anos; em 2003 foi agraciado pelo IMPA com o título de Pesquisador Emérito, é um dos mais importantes matemáticos brasileiros.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

MATEMÁTICOS BRASILEIROS

Quem são os personagens que tem contribuído para o avanço da Matemática no nosso Brasil varonil? Talvez já tenhamos em nossas mentes alguns nomes, mas não sabemos quais os seus esforços em prol do raciocínio lógico e abstrato. Resolvi fazer uma série de posts e quem sabe contribuir com quem esteja interessado em conhecer um pouco mais sobre as personalidades que envolvem o meio matemático no Brasil.

É muito conveniente e interessante começar por:
-Júlio César de Mello e Souza-
E quem é esse cidadão? Muito bem, ele é mais conhecido pelo pseudônimo MALBA TAHAN, carioca, nascido em 06 de maio 1895, viveu na cidade de Queluz (São Paulo) e faleceu aos 79 anos em 18 de junho de 1974. Foi um grande escritor e matemático brasileiro. Apaixonado pela cultura árabe, daí se explica o pseudônimo, cujo personagem o inspira a criar uma bela estória de aventuras pelo mundo árabe e outros países nos quais Malba Tahan sempre se depara com engenhosos problemas matemáticos aos quais sempre encontra soluções incríveis.
Graduou-se em Engenharia Civil na Escola Politécnica e lecionou como professor Emérito na Faculdade Nacional de Arquitetura(FNA), no Instituto de Educação do Distrito Federal e no do Colégio Dom Pedro II.
Teve cerca de 120 livros publicados sobre matemática recreativa, didática matemática, História da Matemática, dentre outros temas. Entre esses estão: A sombra do Arco-íris, Lendas do deserto, A estrela dos Reis Magos, A arte de ler e contar histórias, e o mais famoso de todos - O Homem que Calculava- que está na sua 42ª edição e que já foi traduzido para várias línguas e atingiu mais de 2 milhões de exemplares vendidos só aqui no Brasil.Em homenagem ao centenário de seu nascimento, a Câmara Municipal de São Paulo e a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro criaram o Dia da Matemática a ser comemorado todo dia 6 de maio.
Mas por que devemos lembrar de Malba Tahan? O momento é propício, uma vez que estamos repensando o ensino da Matemática em todos os níveis, envolvendo a contextualização de problemas aplicados ao cotidiano do aluno, a incorporaçao da história da Matemática, dos Jogos, das mídias, além de outros recursos que favoreçam na educação matemática.
Malba Than explorou o interesse lúdico da juventude para introduzir nas aulas, conferências e livros que escreveu uma nova didática da matemática. Nas aulas, trabalhava com estudo dirigido, manipulação de objetos e propôs a criação de laboratórios de matemática em todas as escolas.